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20/Abr/2021

RenovaBio: desafio é equilibrar oferta e demanda

Segundo o Rabobank, os aumentos anuais na meta obrigatória de compras de Créditos de Descarbonização (CBios) por distribuidoras dentro do programa RenovaBio podem significar que a oferta desses títulos não conseguirá acompanhar a demanda no médio prazo. Para isso, seria necessário aumentar a emissão de CBios. Uma das formas seria o aumento da produção de etanol, mas essa possibilidade é considerada difícil. Pode ser irrealista esperar uma grande onda de investimentos em aumento de capacidade nesse período.

Isso exige que decisões de investimentos sejam feitas agora, e os benefícios financeiros do RenovaBio para produtores de biocombustíveis ainda são modestos. Com isso, as formas de se emitir mais CBios seriam aumentar o número de usinas certificadas, ampliar a parcela de biocombustíveis produzidos que são certificados, e melhorar a eficiência da produção em usinas que já estão autorizadas a emitir os créditos. A divisão da receita dos CBios entre usinas e fornecedores independentes de cana-de-açúcar pode exigir mais atenção no futuro. Hoje, não há meios oficiais de compartilhar essa receita, pois a negociação é feita individualmente entre usina e produtor.

Num prazo mais longo, porém, o RenovaBio pode ser um exemplo para a criação de mercados de carbono em outros setores além do de combustíveis. Embora o RenovaBio seja limitado especificamente ao setor de combustíveis, é cada vez mais provável que, no futuro, haja mais esforços para criar maiores e mais profundos mercados para o carbono. Caso isso aconteça, os produtores rurais brasileiros terão mais incentivos para adotar práticas mais sustentáveis que reduzam as emissões de gases de efeito estufa. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.