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16/Abr/2021

Açúcar: mix do Centro-Sul deverá seguir açucareiro

O mix sucroalcooleiro do Centro-Sul Brasil deve se manter açucareiro na temporada 2021/2022 de cana-de-açúcar. Mesmo com pandemia no ano passado, o açúcar traçou firme tendência de alta, e isso estimulou a fixação de preços. A estimativa é de que 70% da produção de 2021/2022 esteja fixada, especialmente os contratos maio e julho/2021, e o preço médio estimado de fixação é menor do que o praticado atualmente no mercado. Isso indica um mix açucareiro nesta safra. Entretanto, problemas climáticos devem pressionar tanto a produção de açúcar quanto a de etanol.

As precipitações estão bem abaixo da média desde o ano passado, então boa parte dos canaviais foi prejudicada e não deve haver queda no rendimento. As exportações brasileiras de açúcar podem ser pressionadas no trimestre por causa do atraso na colheita da soja, possibilitando congestionamentos nos portos, entretanto, esse problema pode ser mitigado por uma menor demanda internacional por açúcar. O diferencial entre os preços do açúcar branco e bruto é um dos indícios de demanda arrefecida. Esse diferencial tem traçado tendência de queda desde o início de abril e começou a operar abaixo de US$ 100,00 por tonelada. Isso diz que refinadores encontram ambiente menos positivo para comprar o açúcar bruto e vender o branco.

Os fatores baixistas para o açúcar são a produção alta no Centro-Sul, apesar de queda na comparação com a safra anterior, a expectativa é de volume alto ante à média das últimas temporadas, clima positivo na Ásia, aumento do plantio de beterraba nos Estados Unidos e possível queda na demanda internacional. Os fatores altistas seriam a possibilidade de difícil escoamento da produção brasileira, o fim do ciclo da janela de exportação da Índia com o início das monções, o menor plantio de beterraba na Europa e a menor produtividade da cana no Centro-Sul brasileiro. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.