23/Mar/2021

Segundo o Rabobank, os preços do açúcar e do etanol no mercado internacional devem continuar, nos próximos meses, com boa parte do apoio atual. No caso do açúcar, a oferta internacional continua equilibrada mesmo com a ampla produção do Brasil, por causa da quebra nas safras em locais como Índia, Tailândia e Europa. O etanol deve ganhar sustentação do petróleo. A perspectiva para o preço do óleo é positiva por causa do corte de produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e parceiros e porque fundos continuam colocando recursos no petróleo como hedge contra a inflação. As cotações em Reais de açúcar e etanol alcançaram recordes nos últimos meses por uma combinação de preços sustentados no exterior e Real fraco ante o dólar, além da queda natural da oferta com o período de entressafra de cana-de-açúcar no Centro-Sul do Brasil.

Em relação à safra 2021/2022 de cana-de-açúcar na região, que começa oficialmente em abril, o impacto do clima ainda é incerto. Em fevereiro, a precipitação em quase todas as principais regiões de cana-de-açúcar no Centro-Sul ficou bem abaixo do normal e o risco de que a produtividade do canavial seja prejudicada, depois da seca prolongada em 2020, voltou a preocupar. A estimativa do banco no momento é de moagem de 575 milhões de toneladas e mix de 47% para açúcar. Os pontos de atenção são as novas medidas restritivas contra a Covid-19 no Brasil, que podem reduzir a demanda por combustíveis, e o atraso na colheita de soja que poderia, como no ano passado, ampliar a concorrência entre a soja e o açúcar para capacidade de logística de exportação nos próximos meses. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.