ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

10/Mar/2021

Cana: moagem avança na 2ª quinzena de fevereiro

De acordo com dados divulgados nesta terça-feira (09/03) pela União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), as usinas e destilarias no Centro-Sul do Brasil processaram 669 mil toneladas de cana-de-açúcar na segunda quinzena de fevereiro, alta de 45,92% em comparação a igual período de 2020, quando foram moídas 458 mil toneladas. A região está em período de entressafra. Até o fim da quinzena, operavam 7 unidades produtoras que processam apenas cana-de-açúcar, 5 que produzem apenas etanol à base de milho, e outras 3 que utilizam as duas matérias-primas. A projeção é de que 17 empresas devem iniciar a safra 2021/2022 na primeira quinzena de março, e outras 21 unidades iniciam as operações até o fim do mês. No final de março do ano passado, 87 unidades produtoras estavam em operação e neste ano apenas 50 empresas devem estar operando. Apesar desse atraso no início da safra 2021/2022, o estoque mais elevado de etanol no início do março é suficiente para atender plenamente as vendas no mês.

Para a primeira quinzena de abril, a expectativa é de que outras 124 empresas iniciem a moagem, dando início efetivo à produção da safra 2021/2022. O mix sucroenergético na quinzena ficou em 71,38% para o etanol e 28,62% para o açúcar. A fabricação do açúcar foi de 19 mil toneladas nos últimos 15 dias do mês, ante nenhum volume no mesmo período de 2020. Esse avanço tem a ver com o mix menos alcooleiro no período e com a maior moagem de cana-de-açúcar. A produção de etanol alcançou 115 milhões de litros na segunda quinzena de fevereiro, 5,04% a mais do que os 109 milhões de litros de igual período do ciclo 2019/2020. Desse volume, 85,63 milhões de litros foram de etanol de milho. Do total de biocombustível produzido, o hidratado, utilizado diretamente no abastecimento dos veículos, representou 107 milhões de litros, enquanto o etanol anidro, adicionado à gasolina, somou 8 milhões de litros.

O volume do anidro representa um avanço expressivo na comparação anual (um ano antes, o volume era negativo por causa do reprocessamento de anidro para hidratado). O hidratado apresenta recuo de 13,55%. A qualidade da matéria-prima processada na segunda quinzena de fevereiro, medida a partir da concentração de Açúcares Totais Recuperáveis (ATR), atingiu 102,35 Kg por tonelada ante 85,37 Kg por tonelada verificados em igual quinzena da safra passada, alta de 19,89%. A moagem de cana-de-açúcar no acumulado da safra 2020/2021 atingiu 598,790 milhões de toneladas, aumento de 3,25% sobre os 579,930 milhões de toneladas de igual período do ciclo 2019/2020. Seguindo os números divulgados no final do ano passado, a safra 2020/2021 deve fechar com moagem próxima a 605 milhões de toneladas. No acumulado do ciclo 2020/2021, a safra alcançou 145,09 Kg de ATR por tonelada de cana-de-açúcar, 4,28% superior ao valor apurado no último ciclo agrícola.

Desde o início da safra 2020/2021 até 1º de março, 46,19% da matéria-prima foi destinada à fabricação de açúcar, ante 34,46% em igual período de 2019/2020. Assim, a produção acumulada de açúcar soma 38,235 milhões de toneladas, montante 44,32% superior aos 26,494 milhões de toneladas produzidos um ano antes. O volume de etanol produzido no acumulado da safra 2020/2021 totalizou 29,792 bilhões de litros, 8,50% inferior ao assinalado na última safra, com o etanol anidro recuando 1,61% e o hidratado, 11,50%. O mix desta temporada tem sido mais açucareiro porque as usinas aproveitam os bons preços do açúcar em Reais, decorrentes da quebra de safra de outros produtores importantes, da desvalorização do Real ante o dólar e da indefinição a partir do subsídio para exportações da Índia, e porque a pandemia de Covid-19 reduziu a demanda por combustíveis no País durante alguns meses do ano passado. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.