ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

05/Mar/2021

Biomassa: Raízen conquistou o Selo Energia Verde

Segundo a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), a Raízen, empresa controlada pela Cosan e pela Shell Brasil, conquistou o Selo Energia Verde, na edição 2021 da certificação, para 6 usinas de biomassa. Com isso, no total, existem agora 57 unidades produtoras de bioeletricidade já certificadas neste ano. São 57 usinas com o Selo Energia Verde, o primeiro selo mundo focado no setor sucroenergético da biomassa da cana-de-açúcar. No dia 1º de março houve a adesão do grupo Raízen, com 6 usinas. A Raízen possui 26 unidades produtoras, todas com capacidade de geração. Desse total, 13 geram energia excedente a ser exportado para o Sistema Interligado Nacional (SIN). O Selo Energia Verde, criado em 2019, busca diferenciar a eletricidade gerada por usinas do setor sucroenergético.

Os consumidores têm procurado cada vez mais se certificar de que a eletricidade consumida, de fato, é proveniente de fontes renováveis. A energia elétrica no mercado livre tem a característica de ser um bem comum, em que não se consegue diferenciar o produto. O Selo é uma alternativa para diferenciar os atributos da bioeletriciade. O programa conta com a parceira da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) e apoio da Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel). Todo o ano começa uma nova edição do Selo. Em 2020, o programa certificou 84 usinas, 21 comercializadoras e 8 consumidores. Para conquistar o Selo Energia Verde, as usinas precisam cumprir alguns critérios de eficiência energética, como produzir uma determinada quantidade de KWh por tonelada de biomassa de cana-de-açúcar.

No caso de comercializadoras e consumidores que desejam obter o Selo, o que lastreia é um contrato de compra de energia de uma usina a biomassa de cana-de-açúcar. Por se tratar de uma iniciativa pioneira, a cada ano as entidades promovem atualizações nos critérios para a concessão do Selo, concedido sem custo para todos e com validade anual. Em 2021 duas alterações foram realizadas com o objetivo de dar mais liquidez ao Selo. O contrato que o consumidor/comercializadora firma com a usina considerará não só o ano civil, mas também o período de 6 meses anteriores a solicitação do selo. Nesse aspecto, a concessão do Selo está mais flexível. A segunda mudança vem na linha de dar mais segurança ao produto. Não será mais aceito apenas o registro do contrato na CCEE.

O contrato de compra deve ter sido objeto de ao menos uma contabilização financeira promovida pela CCEE, em base mensal e com volume de energia elétrica superior a zero. É comum no mercado livre contratos registrados sem o volume de energia que foi negociado. O montante só é conhecido no momento da liquidação financeira na Câmara. Pelos cálculos da Unica, apenas considerando as 57 unidades que já possuem o Selo na edição 2021, as usinas devem produzir mais de 11 mil GWh até 31 de dezembro. Tradicionalmente, 61% da energia produzida pelas usinas do setor sucroenergético são exportados para o Sistema Interligado Nacional (SIN). O restante é utilizado como autoconsumo das usinas. Os 11 mil GWh equivalem a atender anualmente 5,8 milhões de residências, evitando a emissão de gases poluentes na atmosfera equivalentes a mais de 3 milhões de toneladas de CO2. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.