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22/Jan/2021

Açúcar: oferta restrita sustenta cotações globais

O preço do açúcar bruto na Bolsa de Nova York, que alcançou nova máxima em três anos e meio na semana passada (80% acima do que era negociado em abril do ano passado, início da crise da Covid-19), deve continuar impulsionado pelo déficit global estimado para a temporada 2020/2021. A maioria dos observadores do mercado prevê agora menor oferta e maior demanda. O déficit de 3,5 milhões de toneladas, estimado pela Organização Internacional do Açúcar (OIA), é semelhante aos 3,8 milhões de toneladas previstos.

Isso se deve, em parte, aos volumes de produção ainda mais baixos em regiões importantes, como a Tailândia e a União Europeia (UE). O que reforça a tendência altista para o mercado do açúcar é a queda em torno de 30% na produção da França, normalmente o maior produtor da União Europeia em relação ao ano passado. Além disso, a demanda pelo açúcar começa a ser realçada, principalmente na China. Apesar de a produção brasileira de açúcar permanecer alta, apenas parte do que é produzido no País costuma contar para a temporada internacional (2020/2021), que começou em outubro. A temporada de entregas no Brasil está chegando ao fim, após apresentar exportações robustas. E a próxima safra de cana-de-açúcar, cuja colheita começará em abril, deve ser menor por causa da estiagem prolongada. O que significa que a produção cairá.

Ainda em relação ao Brasil, se os preços do petróleo estiverem mais altos, fica mais atraente para as usinas produzirem etanol, o que significaria menos açúcar no mercado global. Em contrapartida, a Índia deve ser influência baixista. Após as chuvas abundantes das monções, a Associação das Indústrias de Açúcar da Índia (Isma) prevê produção de açúcar de 31 milhões de toneladas para 2020/2021. Desse total, cerca de 6 milhões de toneladas deverão ser exportadas, como foi o caso em 2019/2020, graças aos subsídios à exportação anunciados. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.