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11/Jan/2021

Açúcar: déficit no mercado global em 2020/2021

O mercado global de açúcar deve ter um leve déficit de 300 mil toneladas na temporada 2020/2021, que começou em outubro. Segundo relatório do Rabobank, a atenção é com o persistente clima seco no Centro-Sul do Brasil, além da possibilidade de incidência do La Niña no primeiro trimestre de 2021, o que pode afetar a produção de cana-de-açúcar. O consumo de açúcar deve se recuperar após a pandemia do novo coronavírus, encerrando a temporada 1,7% maior do que na safra passada, mas isso vai depender de as vacinas contra o coronavírus trazerem um alívio à pandemia e à situação econômica mundial. No Brasil, o Rabobank afirma que a safra 2020/2021 está encerrada e que deve somar uma colheita de 600 milhões de toneladas de cana-de-açúcar. O destaque da temporada é a alta qualidade da matéria-prima, além da produção de ATR e de açúcar, projetadas em 87 milhões de toneladas e 38,3 milhões de toneladas, respectivamente, novos recordes para o Centro-Sul do País.

A próxima temporada 2021/2022 pode chegar a uma colheita entre 575 milhões de toneladas e 580 milhões de toneladas de cana-de-açúcar. Os potenciais efeitos do clima sobre a produção continuam no radar do mercado, já que desde março as condições climáticas têm sido mais secas do que o esperado, além de os próximos três meses terem perspectivas mais críticas para as lavouras. O principal ponto de suporte para os preços da commodity nos próximos dois a três meses, portanto, seria a condição climática em território brasileiro. Em relação à Índia, a safra 2020/2021 começou bem, com produção de 4,3 milhões de toneladas de açúcar até o fim de novembro, alta de 52% ante a temporada passada. Já as exportações foram moderadas até o momento por causa da incerteza antes do anúncio do subsídio à exportação, que veio próximo ao piso das expectativas do mercado, em 35 bilhões de rupias (US$ 475,7 milhões) para 6 milhões de toneladas, o que significa subsídio de US$ 79,83 por tonelada.

O atraso na confirmação dos subsídios teria estimulado a produção de etanol. As estimativas do Rabobank são de que a produção total indiana em 2020/2021 chegue a 33,5 milhões de toneladas de açúcar, um aumento de 17% na comparação anual, com 1,5 milhão de toneladas sendo destinadas para fabricação de etanol. As indústrias sugerem que esse número pode chegar a 2 milhões de toneladas de açúcar. Para a safra 2021/2022, as perspectivas são favoráveis para a produção, após uma forte monção em 2020, níveis de água adequados e os efeitos de maior umidade com a passagem do La Niña. Já em relação ao consumo, o Rabobank prevê um aumento de 4% no comparativo anual, com 2020/2021 trazendo padrões de consumo mais normais à medida que os efeitos da Covid-19 diminuem. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.