17/Dez/2020

O governo da Índia aprovou nesta quarta-feira (16/12) um subsídio de 35 bilhões de rúpias (475,78 milhões de dólares) para incentivar usinas de açúcar em dificuldades financeiras a exportarem 6 milhões de toneladas de açúcar no ano comercial 2020/2021, que teve início em outubro. Os subsídios à exportação foram criados para aumentar os embarques do segundo maior produtor global e reduzir os elevados estoques. Mas, a medida pode pressionar os preços global do açúcar, que têm sido negociados perto do menor nível em sete semanas. Um montante pendente de subsídios à exportação de 53,6 bilhões de rúpias referentes ao ano passado será transferido para as contas dos produtores de cana-de-açúcar dentro de uma semana.

A alocação de 35 bilhões de rúpias para a exportação de 6 milhões de toneladas significa um subsídio de 5.833 rúpias por tonelada, que é menor do que a expectativa da indústria de 8.000 rúpias e abaixo do subsídio do ano passado, de 10.448 rúpias. O subsídio ajudou a Índia a exportar um recorde de 5,7 milhões de toneladas de açúcar na temporada 2019/2020 encerrada em 30 de setembro. Segundo a Associação de Usinas de Açúcar da Índia (Isma), apesar do subsídio mais baixo, o país pode exportar 6 milhões de toneladas de açúcar com a alta dos preços no mercado mundial.

A queda na produção de açúcar da Tailândia dá uma oportunidade para a Índia exportar para seus mercados tradicionais como Indonésia e Malásia. Mas, alguns representantes do setor de açúcar indiano afirmam que o país poderia exportar entre 4 a 5 milhões de toneladas, já que o anúncio do subsídio foi adiado este ano por quase três meses. Segundo a All India Sugar Trade Association (AISTA), havia demanda de exportação, mas as usinas não conseguiam fechar contratos devido à incerteza sobre o subsídio. Agora, elas vão começar a fazer açúcar bruto para exportação. As usinas indianas tradicionalmente produzem açúcar branco para consumo local. Fonte: Reuters. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.