16/Dez/2020

Segundo a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), a safra 2021/2022 de cana-de-açúcar, que começa em abril do ano que vem, deve ter moagem menor do que a atual. Mas, ainda é difícil dar números sobre a próxima safra, mas ela deve ser menor. Hoje, ao observar o canavial, é possível perceber que ele está verde, mas a cana-de-açúcar está curta porque deixou de se desenvolver por um bom período. Houve um veranico muito prolongado, que vai afetar a produtividade agrícola. A produtividade também dependerá das condições climáticas nos próximos meses.

Outros dois fatores podem fazer com que a próxima temporada tenha produção menor do que a atual: queimadas e migração de área. As queimadas, acidentais ou criminosas, vão afetar a oferta do próximo ano. E pode ter queda de área da Região Centro-Oeste por substituição da cana-de-açúcar para outra cultura. Além do açúcar, preços de commodities, como soja e milho, também estão em níveis altos, o que pode incentivar a migração. Com o recuo da produção de cana-de-açúcar e, provavelmente, do ATR, o volume de açúcar também deve cair. Dependendo da oferta de cana-de-açúcar e da redução na qualidade de matéria-prima, a produção de açúcar pode ser reduzida em volume significativo.

Este ano, foram produzidas 2,5 milhões de toneladas só pela diferença do ATR. Então se o ATR voltar, haverá uma redução grande. Mesmo com a menor produção, o País deve continuar tendo uma parcela expressiva do comércio internacional do açúcar, já que muitos produtores fixaram vendas para as safras 2021/2022 e 2022/2023. O etanol pode não cair na mesma proporção por causa do aumento na produção do biocombustível à base de milho. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.