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15/Dez/2020

Etanol: cota livre dos EUA não deve ser renovada

A cota de importação de etanol livre de tarifas, que expirou nesta segunda-feira (14/12) e não deve ser renovada, fez pouca diferença enquanto vigorou, e seu fim também deve ter um efeito baixo. O Brasil importou menos com a cota. Os preços do etanol importado não conseguiam competir com o etanol brasileiro. Então, a importação foi de normal para menos.

Os preços do etanol brasileiro foram competitivos nos últimos meses por causa dos baixos preços do biocombustível no País causados pela queda na demanda com a Covid-19; e por causa do dólar valorizado ante o Real, que torna exportações mais favoráveis a usinas brasileiras. Na verdade, a cota era uma "arrumação política" entre os governos do Brasil e dos Estados Unidos (principal beneficiado pela medida), mas não fazia sentido.

A importação de álcool é aberta para norte-americanos e os produtos brasileiros não gozam da mesma contrapartida. O Brasil tem uma cota para exportar açúcar para os Estados Unidos, mas ela é menor do que a cota da República Dominicana, por exemplo, e contempla apenas a Região Nordeste. Essa cota era extremamente estranha, e estava fadado a acontecer o que aconteceu.

O que deve ser feito agora é uma reavaliação da política comercial entre Brasil e Estados Unidos para derivados da cana-de-açúcar. Isso seria possível com a mudança no governo norte-americano. O Brasil precisa melhorar seu relacionamento com o novo governo. Uma mudança na relação é possível, mas precisa partir do Brasil. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.