08/Dez/2020

Em São Paulo, o mercado spot de etanol segue com baixa liquidez e com preços em queda. Algumas usinas com necessidade de fazer caixa para custeios de final do ano contábil acabam cedendo nos preços de venda do etanol. Já outras unidades estão fora do mercado, apenas estocando o produto para negociá-lo na entressafra. Parte das distribuidoras, por sua vez, segue retirando volumes adquiridos em períodos anteriores.

Além disso, esses demandantes estão atentos ao anúncio do governo de São Paulo, no início de dezembro, de que o Estado volta para a “fase amarela”, como medida para conter o avanço de novos casos de coronavírus, o que tende a reduzir a mobilidade e a limitar o consumo do biocombustível. O Indicador CEPEA/ESALQ do hidratado (preço ao produtor), está cotado a R$ 2,0548 por litro (sem ICMS e sem PIS/Cofins), queda de 0,77% nos últimos sete dias.

Para o anidro, o Indicador CEPEA/ESALQ está cotado a R$ 2,4119 por litro (sem PIS/Cofins), recuo de 0,27% no mesmo comparativo. Neste caso, a maior demanda dos Estados da Região Nordeste não foi suficiente para dar sustentação ao preço. Pressionando ainda mais o mercado, no dia 2 de dezembro, a Petrobras anunciou queda de R$ 0,03 por litro (ou de 2%) no preço da gasolina na refinaria, trazendo maior insegurança aos agentes que comercializam o produto.

Nas bombas de São Paulo, a relação entre os preços do etanol e da gasolina C se mantém estável nos últimos sete dias: 71,4%, com médias de R$ 4,212 por litro para a gasolina C e de R$ 3,006 por litro para o etanol. Em termos de preços relativos dos produtos do setor sucroalcooleiro em São Paulo, nos últimos sete dias, o anidro está 12,4% acima do hidratado. No caso das relações entre açúcar e etanol, o açúcar está 40,7% acima que o do anidro e 58,3% maior que o do hidratado. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.