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02/Dez/2020

Etanol: mercado vai se recuperar somente em 2022

Segundo a Ipiranga, o mercado de combustíveis só deve voltar ao bom desempenho experimentado em 2019 daqui a dois anos. A empresa é pioneira na instalação de estações de carregamento de carros elétricos no Brasil e aposta na multiplicidade de fontes de energia para a mobilidade automotiva nas próximas décadas. O pior ficou para trás, agora é hora de retomada em 2021, mas a partir de 2022 o mercado de combustíveis deve recuperar seu vigor, com a retomada da economia. Para 2021, o volume do mercado de combustíveis deve superar 2019, entre 0 e 1%. Muito pouco na verdade, com o diesel superando 4%, e gasolina e álcool ainda abaixo. O quarto trimestre do ano está repetindo o que foi observado no terceiro trimestre, com o diesel superando levemente o consumo do ano passado, mas gasolina e etanol perdendo entre 5% e 7% das vendas.

A expectativa é de que não haja uma segunda onda de Covid-19 como a primeira, que levou a quedas de até 70% no consumo da gasolina e do etanol em abril, mas poderá haver pioras localizadas deve ser diferente em cada região do País, mas na média deve continuar na mesma trajetória, com recuperação mais lenta para gasolina e álcool, e um pouco mais rápida no diesel. A empresa Há bastante otimismo com as mudanças que estão ocorrendo no mercado de downstream (refino e distribuição) no Brasil, com a venda de ativos pela Petrobrás. É a maior transformação no downstream que o setor viveu nos últimos 60 anos. Mas, apesar de eficiente, duas gerações não sabem o que é falta de combustível no País, o setor de downstream tem uma carência de investimentos em infraestrutura que deverá ser superado após a abertura do parque de refino, quando novos modelos de negócios devem surgir, assim como um maior número de agentes, aumentando a competição no mercado.

Vai ser uma dinâmica onde o mercado é muito líquido, vai ser possível fazer contratos de longo prazo, que é fundamental nesse setor, onde o capital é intensivo. Um estudo recente aponta a possibilidade de investimentos de R$ 80 bilhões a R$ 100 bilhões na infraestrutura na distribuição de combustíveis em dez anos. O investimento virá como decorrência dessa evolução fundamental que o mercado brasileiro está vivendo. Essa evolução também vai abrir o mercado para outras fontes de energia, como a mobilidade elétrica, um dos focos da Ipiranga, que implantou o primeiro corredor de abastecimento elétrico da América Latina entre o Rio de Janeiro e São Paulo. Com mais de 50 estações instaladas, a Ipiranga pretende expandir sua atuação nesse segmento. Não haverá apenas uma solução dominante como foi no século 20, haverá carros de petróleo, elétrico, célula de hidrogênio, e biocombustíveis que ainda vão surgir nas próximas décadas. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.