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26/Nov/2020

Açúcar: preços globais mais sustentados em 2021

Segundo o Rabobank, no estudo “Perspectivas para o Agronegócio Brasileiro 2021”, o preço médio do açúcar demerara na Bolsa de Nova York deve ficar entre 13,00 e 13,50 centavos de dólar por libra-peso em 2021. A média deve ficar nessa faixa porque os preços devem avançar no primeiro semestre e cair na metade final do ano. O preço alto de hoje é, em parte, o mundo observando o La Niña no Brasil, a safra menor na Europa, e, talvez a grande dúvida, que é sobre as exportações da Índia. Ainda não há posicionamento do governo sobre subsídios às exportações, por isso há incerteza sobre a disponibilidade de açúcar indiano no mercado. No entanto, o mercado deve se equilibrar no segundo semestre.

A expectativa é que a Índia mantenha o subsídio para 6 milhões de toneladas de exportações e que o Brasil tenha uma safra 2020/2021 bem açucareira. O mercado é avaliado como bem equilibrado no segundo semestre, então o preço deve ficar, nesses seis meses, entre 12,00 e 13,00 centavos de dólar por libra-peso. Com isso, o preço médio do ano ficaria entre 13,00 e 13,50 centavos de dólar por libra-peso. A expectativa do Rabobank é que a moagem de cana-de-açúcar no Centro-Sul na safra 2021/2022, que começa em abril do ano que vem, tenha queda de 4% ante 2020/2021, para 575 milhões de toneladas, e que a produção de açúcar da região recue 10%, para 34,2 milhões de toneladas.

A produção de etanol (somados os biocombustíveis de cana-de-açúcar e de milho) deve cair 3% em 2021/2022, para 28,8 bilhões de litros. Os recuos se devem a uma série de fatores. A área plantada pode recuar em decorrência da competição com soja e milho. A qualidade da cana-de-açúcar, que foi altíssima em 2020/2021 por causa da seca, pode cair em 2021/2022 pelo mesmo motivo. Além disso, o replantio da cana-de-açúcar de um ano foi menor do que se esperava, então o canavial deve ficar um pouco mais velho e mais vulnerável. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.