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09/Nov/2020

Açúcar: preocupação com oferta elevam futuros

Os futuros de açúcar demerara fecharam em alta expressiva na sexta-feira (06/11) na Bolsa de Nova York. O contrato com vencimento em março, o mais líquido, avançou 43 pontos (2,97%) e fechou a 14,91 centavos de dólar por libra-peso. O vencimento março chegou a alcançar 15,00 centavos de dólar por libra-peso na cotação máxima da sessão, mas embolso de lucros levaram o contrato a retornar à casa dos 14,90 centavos de dólar por libra-peso.

Novamente, os demais contratos com vencimento mais curto subiram mais do que o março, reduzindo o spread entre os vencimentos. Agora, a diferença entre março e maio está em US$ 0,78 cents. O avanço do açúcar aconteceu apesar do recuo de mais de 3% do petróleo nas bolsas internacionais. Os fatores macroeconômicos têm tido relação menos direta com o comportamento do açúcar porque, mesmo com a desvalorização do dólar, o açúcar continua alto o suficiente em Reais para incentivar que usinas brasileiras exportem.

Além disso, ainda que o petróleo se valorize expressivamente e impulsione o etanol, o biocombustível ainda não subiu o suficiente para alterar de forma significativa o mix da indústria brasileira. O avanço do açúcar tem acontecido pela aposta de fundos e especuladores na commodity e por preocupações com a oferta global. Na Índia, ainda há incerteza em relação ao subsídio que será oferecido pelo governo para as exportações, e a Tailândia, outro grande país produtor, vive com quebra de safra em decorrência de problemas climáticos.