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29/Out/2020

Cana: dívidas das usinas recuaram em 2019/2020

A dívida das usinas da carteira do Rabobank caiu na temporada 2019/2020 apesar do avanço expressivo do dólar no período, o que indica que a safra foi positiva para o setor. A dívida líquida média das companhias caiu de R$ 139,00 por tonelada de cana-de-açúcar em 2018/2019 para R$ 133,00 por tonelada de cana-de-açúcar em 2019/2020. No mesmo período, o dólar se valorizou R$ 3,33 ante o Real, de R$ 3,90 para R$ 5,20. Boa parte das empresas passou a se financiar menos em dólar nos últimos tempos.

Isso se deve à apreciação da divisa ante à moeda brasileira e à queda no CDI, que facilita a tomada de crédito no Brasil. No entanto, apesar da melhora na média, ainda há usinas em situação mais difícil, com até R$ 248,00 de dívida líquida por tonelada de cana-de-açúcar. As perspectivas são favoráveis para as próximas safras de cana-de-açúcar. Há boas oportunidades de hedge em decorrência dos preços favoráveis. Algumas empresas já estão inclusive fazendo hedges para a safra 2022/2023, que começa em abril de 2022. Várias companhias já estão entrando nessa temporada.

As fusões e aquisições do setor têm andado pouco, mas o cenário está positivo para ofertas de ações na bolsa, já que o número de IPOs na B3 este ano foi alto apesar da pandemia. As companhias, daqui para frente, precisarão dar atenção maior à sustentabilidade. Cada vez mais, as decisões de crédito levarão em conta índices socioambientais. Dos cinco maiores riscos listados em relatório do Fórum Econômico Mundial de Davos este ano, todos são ambientais. Essa é a opinião do mercado financeiro. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.