27/Out/2020

De acordo com o relatório Cana Zoom, produzido pela União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), o clima mais seco no Centro-Sul do Brasil em setembro permitiu que a colheita e o processamento de cana-de-açúcar avançassem ante agosto, atingindo 91% do tempo disponível para a atividade. O fato é resultante dos baixos índices pluviométricos observados no mês de setembro. Mas, foi feito um alerta para os pontos negativos do tempo seco: os incêndios acidentais ou criminosos, que queimaram áreas antes do período ideal de colheita.

Também será importante monitorar neste final de safra e no próximo ciclo os possíveis efeitos negativos da ausência de chuvas para o desenvolvimento da planta. O processamento de cana-de-açúcar na safra 2020/2021, que vai até abril do ano que vem, é recorde até o momento, com 501,3 milhões de toneladas processadas até o final de setembro. A estimativa de área colhida até setembro está em 6,072 milhões de hectares, 2,2% a mais do que no mesmo período da temporada anterior. O tempo seco também ajudou a qualidade da cana-de-açúcar. O açúcar total recuperável (ATR) por tonelada de cana-de-açúcar na safra atual está em 142,9 Kg, 4,4% a mais do que no ciclo anterior.

O rendimento médio em setembro deste ano teve alta anual de 1,1%, para 72,2 toneladas por hectare. O aumento na produtividade acumulada no Centro-Sul foi influenciado pelas condições climáticas favoráveis ao desenvolvimento da planta no último verão e pelo canavial mais jovem, com maior participação de áreas em 1º, 2º e 3º cortes. A maior queda de umidade em setembro ante uma condição normal de clima foi observada no Paraná (-89%) e em São Paulo (-87%). No acumulado da safra até setembro, o índice de precipitação pluviométrica médio do Centro-Sul registra queda de 41%. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.