27/Out/2020

A Índia espera conseguir a alcançar meta de blend (mistura) de 10% do biocombustível na gasolina a partir de 2022 e de 20% em 2030. A Tailândia, embora tenha reduzido a meta de consumo do etanol, ainda tem espaço para o crescimento do consumo do biocombustível. Segundo a Associação das Usinas de Açúcar de Índia (Isma), para que o país alcance o blend de 10%, é preciso produzir entre 4,5 bilhões e 5 bilhões de litros de etanol, e hoje a produção está na casa dos 2 bilhões. Para aumentar a capacidade produtiva, há uma medida do governo para ajudar no pagamento dos juros cobrados por bancos para quem investir na construção dessa capacidade. Muitos investidores se interessaram. Nos próximos dois anos, esses investimentos devem nos permitir alcançar o blend de 10%. O país tem insumos suficientes para isso. A transferência do uso da cana-de-açúcar do açúcar para o etanol deve ser suficiente para produção de 3 bilhões de litros a mais nos próximos anos.

O país tem superávit de açúcar e precisa de subsídio para ser exportado. Para alcançar a mistura de 20% em 2030, serão necessários entre 10 bilhões e 11 bilhões de litros do etanol por ano. Para isso, há o desafio de desenvolver capacidade, mas talvez também não exista cana-de-açúcar suficiente. Uma das soluções citadas foi produzir o biocombustível a partir de outras matérias-primas. Hoje, a produtividade do milho na Índia é de cerca de 30% da dos Estados Unidos. Portanto, há grande potencial de aumentar a produtividade do milho, e então será possível produzir mais etanol. Além de outros alimentos, como arroz e beterraba. A Thai Ethanol Manufacturing Association, Pipat Suttiwisedsak mostrou que a Tailândia reduziu a meta de consumo de etanol de 11,3 milhões de litros por dia para 7,5 mi de litros por dia, por levar em consideração os veículos elétricos, que terão papel importante. No entanto, no ano passado, o consumo do biocombustível no país foi de apenas 4,45 milhões de litros por dia. Então, ainda existe espaço para crescer.

Assim como a Índia, o país tem superávit na produção de açúcar, e parte da cana-de-açúcar usada para produzir o açúcar pode ser convertida para a fabricação de etanol. Este ano, houve queda de 8% no consumo do etanol combustível na Tailândia em decorrência da pandemia de Covid-19. A expectativa inicial era de aumento de 5%. Em compensação, houve uso da cana-de-açúcar para produção de outros materiais, especialmente o álcool em gel e em spray para o combate ao novo coronavírus. Para o período pós-Covid, a expectativa é de aumento anual de 3% a 4% no consumo do etanol. Em breve, deve haver entre três e quatro novas destilarias de etanol. Um possível obstáculo é o preço do biocombustível, que é aproximadamente 2,3 vezes o da gasolina, principalmente por causa da cana-de-açúcar relativamente cara. Com isso, o etanol produzido no país tem mais dificuldade para ser exportado em decorrência do preço alto. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.