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23/Out/2020

Açúcar: preços futuros estão em tendência de alta

O mercado de açúcar demerara na Bolsa de Nova York deve buscar no curto prazo níveis de preços anteriores à pandemia, alcançando primeiro os 15,50 centavos de dólar por libra-peso e se aproximando dos 16,00 centavos de dólar por libra-peso. Essa pode ser a grande resistência do mercado. Há fatores altistas, como a demanda mais forte da Ásia, a compra expressiva de posições por parte de especuladores, e possíveis adversidades climáticas no Centro-Sul do Brasil. Por outro lado, eventuais fatores baixistas são os efeitos da Covid-19 na economia global, e a queda dos preços do petróleo em Reais. Os preços historicamente altos do açúcar em Reais proporcionam grandes oportunidades de trava futura para o produtor.

Para os compradores, o cenário é o inverso, mas há estratégias de proteção como o uso de opções. No Centro-Sul do Brasil, dois fatores que devem influenciar o preço do açúcar são destaque: o clima e o mix de produção. Os últimos meses foram de forte seca na região, mas a expectativa é que nos dois últimos meses do ano e no primeiro trimestre de 2021 as chuvas sejam mais regulares. Tudo depende do clima para a safra que vem. O segundo fator é o mix escolhido pelas usinas, já que a expectativa também é de alta dos preços para o etanol. Do ponto de vista global, o tempo favorável na Índia, com abundância hídrica no curto prazo (reservatórios na região de Maharashtra, por exemplo, estão com 100% da capacidade) e monções dentro da média favorecem a produção. Algumas regiões estão com rendimento agrícola recorde.

Entretanto, o país ainda não tem tido efeito negativo nos preços globais por causa da incerteza em relação ao subsídio do governo às exportações. Na Tailândia, espera-se nova queda de produção na safra 2020/2021. O país viveu a pior seca dos últimos 40 anos, e as chuvas nos últimos meses não devem compensar a estiagem que vem desde 2019. Além disso, há maior competitividade de área, com algumas regiões substituindo a cana-de-açúcar por milho e mandioca. Na Europa, o tempo é seco nos principais produtores (França, Alemanha e Polônia) e a União Europeia registrou casos de vírus amarelo na beterraba. Com isso, a expectativa é de rendimento menor do que na última safra e produção de açúcar abaixo dos últimos anos, o que deve aumentar as exportações do continente. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.