08/Out/2020
Os futuros de açúcar demerara fecharam em alta nesta quarta-feira (07/10), na Bolsa de Nova York. O contrato com vencimento em março subiu 26 pontos (1,87%) está cotado a 14,14 centavos de dólar por libra-peso. As cotações do açúcar ampliaram o movimento de alta verificado do dia anterior, na maior alta desde março. As questões com fornecimento do açúcar continuam no foco dos traders, com as dificuldades enfrentadas para escoamento durante a Covid-19.
Além disso, o tempo seco na Tailândia, que reduziu 40% da safra 2020, e problemas climáticos que afetaram as plantações de beterraba, usada na produção de açúcar na Europa. Apesar de especulações sobre uma safra de açúcar 2020/2021 menor, no brasil, as usinas locais estão utilizando um mix mais açucareiro, já que há baixa demanda por combustíveis como o etanol de cana-de-açúcar. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) revisou para cima a estimativa para a exportação do açúcar brasileiro na safra 2020/2021. Em relatório semestral, a projeção é de 32,02 milhões de toneladas embarcadas (valor bruto), ante 28,85 milhões de toneladas no boletim de abril.
Caso confirmado, será um novo recorde de exportação do País. O mercado ignorou, na sessão desta quarta-feira (07/10), sinais macroeconômicos baixistas, como o fortalecimento do dólar norte-americano e a queda nos contratos futuros de petróleo. A trajetória de queda do combustível fóssil diminui a competitividade do etanol, o que pode reforçar o mix mais açucareiro adotado pelas usinas brasileiras. Ao mesmo tempo o movimento de avanço do dólar na comparação com a divisa brasileira estimula as exportações do Brasil, o que pode resultar em aumento da oferta global.