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05/Out/2020

Açúcar: dólar e petróleo pressionam preços futuros

Os futuros de açúcar demerara fecharam em leve alta na sexta-feira (02/09), na Bolsa de Nova York. O contrato com vencimento em março caiu 3 pontos (0,22%) e fechou a 13,55 centavos de dólar por libra-peso. As cotações do açúcar chegaram a operar em alta e oscilaram perto da estabilidade próximo ao horário de fechamento, mas as pressões macroeconômicas desfavoráveis, como o dólar forte ante o Real e o petróleo em queda no mercado internacional acabaram pesando sobre os contratos. A valorização da moeda norte-americana ante a divisa brasileira torna as exportações mais atrativas para as usinas do Brasil. Entretanto, há uma preocupação com o equilíbrio entre a oferta e a demanda no mercado global, com uma nova onda de casos de Covid-19 na Europa. As exportações brasileiras têm contribuído para a inundação da commodity no mercado externo.

O açúcar atingiu um volume recorde de entregas do contrato de outubro na Bolsa de Nova York, sendo quase todo o produto de origem brasileira. A maior parte desse açúcar será disponibilizada fisicamente nos portos brasileiros de Santos (SP) e Paranaguá (PR). Isso pode ser interpretado como uma expressão da alta produção brasileira e de estoques elevados, ou como uma indicação de que não foi possível encontrar compradores suficientes. Ou seja, a demanda internacional por açúcar pode ser mais fraca do que o esperado. Contribuiu ainda para esse cenário, o forte recuo dos preços do petróleo, que reagiram ao fraco desempenho dos dados de empregos nos Estados Unidos e à notícia de que o presidente norte-americano, Donald Trump, está com Covid-19. A queda nos contratos futuros do combustível fóssil pode ajudar a reforçar o mix açucareiro adotado pelas usinas brasileiras, por piorar a competitividade do etanol.