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29/Set/2020

Etanol: preços voltam a subir com oferta limitada

Os preços do etanol hidratado estão em alta, depois de caírem por dois períodos seguidos. No caso do anidro, os valores avançaram pela segunda semana consecutiva. O suporte vem da paralisação pontual da moagem por parte de algumas usinas do estado de São Paulo no início da semana passada, devido a chuvas. Muitas unidades voltaram a ofertar o etanol a preços mais elevados. A pressão decorrente da necessidade de liberar espaço nos tanques foi amenizada, tendo em vista o volume expressivo de etanol comercializado na semana anterior. Assim, um menor número de unidades produtoras de etanol está ativo no mercado.

Além disso, o reajuste positivo do preço da gasolina na refinaria em 22 de setembro, de 4%, também sustenta as cotações do etanol. Do lado das distribuidoras, somente algumas se mantêm no mercado, realizando compras pontuais. Outras, de pequeno e médio portes, estão ausentes, pois ainda tinham estoques adquiridos na semana anterior. O Indicador CEPEA/ESALQ do hidratado está cotado a R$ 1,8290 por litro, avanço de 3,82% nos últimos sete dias. No caso do etanol anidro, o Indicador CEPEA/ESALQ está cotado a R$ 2,1107 por litro, aumento de 1,21% na mesma comparação. Quanto à paridade de preços entre os produtos sucroenergéticos, o açúcar remunerou 27% mais que o etanol anidro e 41% mais que o hidratado nos últimos sete dias.

Segundo dados da União da Indústria da Cana-de-Açúcar (Unica), a moagem da cana-de-açúcar neste ciclo 2020/2021 segue adiantada frente ao ano passado. De abril até 16 de setembro, foram processadas 459,45 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, aumento de 4,56% na comparação com o mesmo período da temporada anterior. Além disso, a produção de etanol de milho vem crescendo. No acumulado da safra 2020/2021, a produção somou 1,01 bilhão de litros, forte aumento de 94,47% sobre o mesmo período de 2019. Com a valorização do açúcar nos mercados interno e internacional nesta temporada, muitas unidades optaram por priorizar a produção do açúcar em detrimento do biocombustível, limitando a oferta de etanol. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.