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15/Set/2020

Etanol: maior oferta e gasolina pressionam preços

Em São Paulo, após três semanas em alta, o preço do etanol hidratado registra queda. O Indicador CEPEA/ESALQ desse biocombustível está cotado a R$ 1,7741 por litro (sem ICMS e sem PIS/Cofins), queda de 2,26% nos últimos sete dias. Os ajustes negativos nos valores da gasolina nas refinarias (que acumularam forte queda de 10% apenas nos últimos sete dias) estão influenciando a desvalorização do hidratado no período. Além disso, algumas usinas com necessidade de liberar espaço nos tanques aumentam a oferta. Esse cenário também é registrado em outros Estados produtores, como Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais e Paraná. No caso do etanol anidro, o Indicador CEPEA/ESALQ fechou em R$ 2,0754 por litro (sem PIS/Cofins), pequeno recuo de 0,35% nos últimos sete dias. A retração foi observada mesmo sendo observado pequeno aumento da destinação desse biocombustível aos Estados da Região Nordeste.

Nos últimos sete dias, o volume do etanol hidratado negociado no estado de São Paulo cresceu 3,83%, o que indica reposição de estoques pós-feriado. Para o anidro, no spot, há queda de 22,14% na quantidade comercializada na mesma comparação, mostrando que as distribuidoras estão voltadas, agora, à retirada do produto negociado por meio de contratos. Quanto ao fluxo de etanol vindo de outros estados para São Paulo, é registrado um leve aumento, uma vez que algumas unidades produtoras, para abrir espaço nos tanques, tiveram que negociar e enviar parte do produto a bases paulistas. Segundo dados divulgados pela União da Agroindústria Canavieira do Estado de São Paulo, do início da safra 2020/2021 (em abril) até 1º de setembro, as vendas do hidratado no mercado interno estiveram inferiores às do mesmo período da temporada passada.

Em agosto, especificamente, as vendas das usinas no mercado interno somaram 2,38 bilhões de litros, queda de 20,54% na comparação com agosto/2019. Em contrapartida, o volume destinado à exportação de etanol atingiu 306,34 milhões de litros em agosto, 6,28% superior ao do mesmo mês da temporada anterior. Mesmo nesse contexto de menor consumo de combustíveis no mercado brasileiro, o governo renovou, pelos próximos três meses, as importações de etanol de produtores norte-americanos sem impostos. As compras externas, no entanto, foram restritas a 187,5 milhões litros de etanol. Esse acordo já existente entre os dois países havia se extinguido em agosto/2020. Na primeira quinzena de setembro, os cortes nos preços da gasolina A somaram 13%, realizados, principalmente, em função das baixas do petróleo nas bolsas internacionais. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.