ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

09/Set/2020

Açúcar: tendência é de alta dos preços domésticos

Ainda que o preço do açúcar demerara negociado na Bolsa de Nova York tenha seguido em queda nos últimos sete dias, com o primeiro vencimento voltando a operar na casa dos 11,00 centavos de dólar por libra-peso no dia 4 de setembro, as usinas de São Paulo se mantêm firmes nos valores do cristal no mercado spot. Diante desse cenário, alguns compradores preferem ficar fora das negociações. Ainda assim, há alguma melhora na liquidez nos últimos sete dias. A média do Indicador CEPEA/ESALQ, cor Icumsa de 130 a 180, em São Paulo, é de R$ 85,38 por saca de 50 Kg, alta de 1,76% nos últimos sete dias (R$ 83,90 por saca de 50 Kg).

A pressão sobre os valores do açúcar demerara na ICE Futures está associada à alta do dólar, que estimula as exportações brasileiras, e à desvalorização do barril de petróleo, o que diminui a competitividade do etanol em relação à gasolina e leva usinas a priorizarem ainda mais a produção de açúcar. Além disso, a Região Centro-Sul do Brasil poderá ter armazenado, até outubro/2020, de 12,5 a 13 milhões de toneladas de açúcar. Em relação à demanda e à oferta mundial de açúcar para a próxima temporada (2020/2021), a Organização Internacional do Açúcar (OIA) prevê pequeno déficit de 724 mil toneladas. Para a atual temporada (2019/2020), a OIA reduziu drasticamente a previsão de déficit na produção, passando de 9,3 milhões de toneladas para 136 mil toneladas.

A queda no consumo de etanol no Brasil, devido aos efeitos da pandemia, levou usinas brasileiras a aumentarem a produção de açúcar, contribuindo para a redução do déficit. O Rabobank indica que o consumo de etanol hidratado de abril até junho deste ano recuou 30% no comparativo com igual período de 2019. A média das cotações do açúcar demerara (contrato outubro/2020) na Bolsa de Nova York é de 12,34 centavos de dólar por libra-peso, queda de 2,7% nos últimos sete dias. Em São Paulo, no atacado, o Indicador de Cristal Empacotado está cotado a R$ 9,24 por saca de 5 Kg, alta de 1% nos últimos sete dias. O açúcar refinado amorfo está cotado a R$ 1,98 por saca de 1 Kg, elevação de 0,7% no mesmo período. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.