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02/Set/2020

Açúcar: previsto déficit global na safra 2020/2021

A Organização Internacional do Açúcar (OIA) apresentou nesta terça-feira (1º/09) sua primeira estimativa para o saldo de atividade da commodity no ciclo de 2020/2021 por meio de seu relatório trimestral. A projeção conta com um déficit de 724 mil toneladas da commodity, seguida de uma demanda maior do que a oferta também na safra atual. Uma maior alocação para a produção de açúcar no Brasil é um fator significativo no menor déficit projetado para 2019/2020 e 2020/2021, juntamente com uma redução de 2,7 milhões de toneladas no consumo de açúcar em uma série de países, como parte de uma grande revisão do histórico crescimento do consumo nos últimos anos.

A produção mundial em 2019/2020 será de 169,579 milhões de toneladas, um aumento de 2,781 milhões de toneladas em relação à estimativa de maio, mas uma queda de 4,457 milhões de toneladas (ou 2,5%) ante a temporada anterior. A oferta mundial de açúcar foi moldada pela adição de 2,997 milhões de toneladas à estimativa de produção no Brasil, para trazer o aumento anual para 8,364 milhões de toneladas. Embora essa mudança tenha ajudado a mudar o déficit para quase zero, a flexibilidade na oferta global por meio da paridade do etanol está aparentemente esgotada.

O consumo mundial em 2019/2020 deve ser diminuído em 968 mil de toneladas (ou 0,53%) em relação à temporada anterior, para 169,715 milhões de toneladas. No entanto, essa mudança não revela toda a extensão da revisão feita até aqui, pois o consumo de 2018/2019 foi reduzido em 3,097 milhões de toneladas em relação à estimativa de maio. A projeção para 2019/2020 é uma combinação de crescimento modesto do consumo junto com um impacto de 2,723 milhões de toneladas com as medidas de quarentena determinadas por causa da Covid-19.

No caso da demanda global em 2020/2021, a estimativa é de 174,186 milhões de toneladas, o que representará, se confirmada, um aumento de 4,261 milhões de toneladas em relação à temporada anterior. Isso implica em um aumento de 1,97% em um período de dois anos em relação à estimativa de consumo de 2018/2019, de 170,823 milhões de toneladas. Esta é uma taxa de crescimento anual de menos de 1% para o consumo global. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.