19/Ago/2020

O setor sucroenergético está aproveitando os elevados preços do açúcar e o retorno dos preços de etanol a patamares observados antes da pandemia do novo coronavírus. Em abril, o ápice da crise e o início da safra 2020/2021, houve uma redução abrupta do consumo e das cotações do biocombustível. Havia uma série de preocupações quanto ao socorro do setor nesse período, com produtores aguardando medidas de auxílio do governo, além da linha de crédito do BNDES para estocagem de etanol. Na ponta da colheita, entretanto, o processo de mecanização da produção de cana-de-açúcar realizado nos últimos anos foi muito positivo em meio à pandemia.

Na Tailândia e na Índia, houve problemas nas colheitas, em virtude da propagação da doença, que reduziu a quantidade de mão-de-obra disponível para os trabalhos de campo. Ainda no âmbito internacional, deve haver uma predominância do etanol nos mercados no pós-pandemia, tendo em vista a atenção que os assuntos relacionados à sustentabilidade vêm ganhando durante a crise sanitária. Nesse sentido, a Índia está começando a direcionar cana-de-açúcar para fabricação do biocombustível, o que deve reduzir a pressão que a produção do país exerce sobre o mercado de açúcar. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.