19/Ago/2020

A retração no consumo de etanol do Brasil na temporada 2020/2021 tende a ficar entre 10% a 15% ante a safra anterior. A estimativa leva em consideração a queda brusca na demanda observada no mês de abril e as previsões de queda no PIB do País, tendo como base um cenário em que a pandemia de coronavírus continue em desaceleração.

Nesse sentido, o mix produtivo adotado pelas usinas brasileiras no ciclo atual deve ficar em torno de 47% para o açúcar e, consequentemente, em 53% para o etanol. O balanço entre oferta e demanda de etanol ainda é incerto, mas se os estoques de passagem na entressafra forem mais altos, isso pode limitar o aumento dos preços no quarto trimestre da temporada. O preço médio do petróleo em 2020 deve ser de US$ 35,00 por barril e de US$ 45,00 por barril em 2021.

O cenário para a safra 2021/2022 tem como destaque a incerteza para a produção e os rendimentos de cana-de-açúcar, em razão do clima seco que predomina no cinturão canavieiro do País até agosto deste ano. No mercado internacional, o preço médio do barril de petróleo mais alto deve garantir maior atratividade para o etanol e para o açúcar. A perspectiva é de que os contratos futuros do açúcar sejam negociados em torno de 13,00 centavos de dólar por libra-peso. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.