19/Ago/2020

O setor sucroenergético brasileiro deve continuar o movimento de recuperação após a pandemia do coronavírus, exceto em caso de uma segunda onda de infecções pela doença. A tendência até o final do ano é mais positiva para as companhias do segmento, especialmente com a retomada dos preços de etanol e a manutenção das cotações de açúcar.

A pandemia afetou de forma significativa o consumo de etanol no País, com uma queda de 17% na demanda por etanol hidratado no primeiro semestre deste ano na comparação interanual. Apesar da retração, na série histórica o consumo do biocombustível no período foi o segundo maior, ficando atrás apenas do primeiro semestre do ano passado, quando o mix adotado pelas usinas favorecia o etanol.

As usinas em que a capacidade de migração do mix de produção é menor, como nas localizadas na Região Centro-Oeste, a crise decorrente da doença foi mais acentuada, com uma queima de caixa mais intensa. A necessidade de tancagem, suprida em parte com a linha de financiamento do BNDES, cresceu muito para essas companhias, ainda mais para as menores. Entretanto, a capacidade total de tancagem do etanol só seria comprometida se o consumo pelo combustível caísse mais de 50%. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.