07/Ago/2020

De acordo com o relatório mensal de julho da Organização Internacional do Açúcar (OIA) divulgado nesta quinta-feira (06/08), em meio à pandemia de coronavírus, a demanda por importação tem sido maior do que o esperado e começou a gerar problemas logísticos para o Brasil e a pressionar prêmios regionais. O surto de Covid-19 continua a ter um impacto sobre a demanda, embora em grau mais moderado do que no passado por causa da suspensão de bloqueios em vários países do mundo. Os preços do açúcar bruto durante o mês passado também foram sustentados por um aumento nas posições compradas líquidas.

As exportações brasileiras de junho atingiram 3,488 milhões de toneladas, um nível de produtividade portuária mensal que não tinha sido visto os últimos 34 meses. O recorde, no entanto, não ocorre sem sua desvantagem: longas filas de embarcações, principalmente no Porto de Santos (SP), foram criadas. Isso aumentará o custo logístico incorrido pelos exportadores, embora em primeira instância pelos operadores dos terminais de exportação. Além disso, os atrasos na remessa também podem levar a problemas nas empresas responsáveis pelas trocas da commodity, pois as datas de carregamento atrasadas podem significar que o envio perde os slots no destino.

Do lado técnico, os fundos de hedge continuaram a ampliar sua posição comprada líquida em julho. Em 30 de junho, a posição comprada líquida era de 45.920 lotes e, em 28 de julho, a participação comprada subiu para 70.470 contratos, embora os preços do açúcar durante o período tenham permanecido praticamente inalterados. Os valores de liquidação do contrato futuro de outubro ainda devem exceder a alta de meados de junho, de 12,28 centavos de dólar por libra-peso. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.