31/Jul/2020

A cota para entrada de etanol importado sem cobrança da tarifa externa comum (TEC) no mercado brasileiro, cuja validade é de 1º de setembro de um ano até 31 de agosto do ano seguinte, é objeto de um impasse. O governo pretende acabar com a cota, que atualmente garante a entrada de 750 milhões de litros por ano com alíquota zero. Os Estados Unidos, principais beneficiados com a medida, pressionam o Brasil pela adoção de uma TEC igual ou menor que 2,5%.

Hoje, ela é de 20% sobre as importações extra-cota. As bancadas da Região Nordeste e do agronegócio no Congresso também não querem mais a cota, mas defendem a aplicação da tarifa “cheia” para tudo. Diante das pressões, uma possibilidade estudada por auxiliares do presidente Jair Bolsonaro é fixar uma alíquota intermediária, mais próxima de 10%. Os Estados Unidos, sob comando do embaixador do país no Brasil, estão fazendo lobby no governo brasileiro para que a taxa de importação do etanol norte-americano seja zerada.

Entre os argumentos para convencer o presidente Jair Bolsonaro está o de que a reeleição de Donald Trump é importante para o governo. Iowa, um dos estados-chave para Donald Trump nas eleições presidenciais dos Estados Unidos, é o maior produtor de etanol do país e o biocombustível é responsável por 4% do PIB local. Fonte: Valor Econômico e O Globo. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.