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27/Jul/2020

Açúcar: futuros recuam com a produção no Brasil

Os futuros de açúcar demerara deram continuidade ao movimento negativo na sexta-feira (24/07) na Bolsa de Nova York, refletindo os sinais macroeconômicos e os fundamentos baixistas. O vencimento outubro recuou 28 pontos (2,38%) e fechou a 11,49 centavos de dólar por libra-peso. As cotações do açúcar foram pressionadas pela valorização do dólar ante o Real, o que torna as exportações mais atraentes para as usinas brasileiras, podendo influenciar em um incremento momentâneo da oferta global.

A virada do petróleo para queda também contribuiu para a desvalorização da commodity, por piorar a competitividade relativa do etanol, o que pode influenciar no mix sucroenergético do País. Além disso, o mercado reagiu ao relatório de acompanhamento quinzenal da safra de cana-de-açúcar brasileira, publicado pela União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) na sexta-feira (24/07). O documento mostrou mais uma vez a manutenção de um mix mais açucareiro adotado pelas usinas brasileiras, em decorrência da crise no setor de etanol por causa da pandemia do novo coronavírus.

De acordo com a entidade, 46,546 milhões de toneladas de cana-de-açúcar foram processadas durante a primeira quinzena de julho, volume 13,52% maior do no mesmo período do ano passado. Com 47,94% da oferta total de cana destinada ao açúcar e 52,06% ao etanol, a produção do açúcar atingiu 3,02 milhões de toneladas na primeira metade de julho, alta expressiva de 55,6% sobre igual período de 2019, quando a produção foi de 1,942 milhão de toneladas. A fabricação do biocombustível somou 2,126 bilhões de litros na primeira quinzena de julho, o que corresponde a uma retração de 2,31% ante igual período da safra passada, de 2,177 bilhões de litros.