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17/Jul/2020

Açúcar: mix é favorável em função da pandemia

Em meio ao cenário de pandemia do novo coronavírus e de queda no consumo de etanol, o protagonismo do açúcar no mix de produção sucroenergético deve persistir na safra 2020/2021. À medida em que a pandemia continua avançando no Brasil, as incertezas sobre o consumo de etanol aumentam, uma vez que o número crescente de casos no País sinaliza um risco de que o consumo possa ser novamente prejudicado, caso haja uma desaceleração da reabertura econômica. Além disso, é preciso considerar os impactos econômicos da crise, o que afeta diretamente a demanda por combustíveis.

Em compensação, a produção do biocombustível, embora menor, continuou em níveis altos, levando o mercado a um cenário de sobreoferta. Nesse sentido, levando em consideração um cenário de retomada da demanda, os efeitos disso no mix adotado pelas usinas podem ser mais brandos do que o projetado anteriormente. Se houver retomada da demanda, mas persistir uma sobreoferta de etanol, os estoques podem ser suficientes para atender a esse consumo. Dessa forma, as perspectivas para as exportações brasileiras de açúcar continuam positivas. Mesmo com a entrada da safra internacional em outubro, o Brasil deve se manter como uma importante origem.

Isso se deve à redução na projeção de produção da Tailândia, da União Europeia e dos efeitos da pandemia no consumo de açúcar da Índia. Vale ressaltar, em contrapartida, que a Índia deve continuar com exportações volumosas em virtude de um grande excedente exportável na safra 2020/2021, refletindo a recuperação dos canaviais e a queda na demanda por causa do lockdown. Além disso, o fato de a China ter retirado a tarifação adicional também abriu espaço de mercado para o Brasil. A China depende de importações para suprir a demanda doméstica de açúcar. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.