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06/Jul/2020

Etanol: Copersucar certifica suas usinas para CBios

A Copersucar concluiu a certificação das suas 34 usinas associadas para emissão dos Créditos de descarbonização (CBio), do programa RenovaBio. O processo ocorreu dentro do tempo esperado, mesmo em meio à pandemia do novo coronavírus, e a empresa acredita no potencial do programa, que é a principal proposta do governo para incentivar a produção de biocombustíveis. No início da certificação, como parte de uma curva de aprendizado, a empresa demorou um pouco para dar entrada nas solicitações, mas depois que a documentação foi ajustada o processo continuou caminhando bem, ainda que diante dos desafios criados pela pandemia. A expectativa era ter todas as usinas certificadas nesse período do ano, não havia preocupação de que a certificação não fosse sair. Além disso, não houve nenhum atraso no processo, com a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) sempre muito atuante.

A última usina da empresa foi certificada no dia 29 de junho e obteve nota de 7,6 em Eficiência Energética-Ambiental, o melhor resultado dentre todos os 220 produtores certificados pela ANP. A usina fica localizada em Sertãozinho, no estado de São Paulo. Com essa última certificação, a Copersucar estima que as suas usinas associadas podem gerar até 6 milhões de CBios por ano, o que equivale a neutralização de 6 milhões de toneladas de carbono. O número considera o volume de etanol a ser comercializado no mercado interno. A partir de agora, o foco da empresa é aumentar a nota das outras usinas certificadas. Caso haja esse ganho energético, por meio de elegibilidade de áreas, por exemplo, eles podem entrar com um pedido de nova certificação. Na prática, a certificação das usinas vale por três anos e pode ser renovada com base no monitoramento mensal. Notas maiores elevam o potencial de escrituração dos CBios. O pós-pandemia vai reforçar a necessidade de direcionar uma atenção maior às causas ambientais, o que deve ajudar a consolidar o RenovaBio no Brasil.

Há uma visão de como as ações humanas realmente interferem. Com a quarentena, foi possível ver uma melhoria na qualidade do ar em muitas cidades. O CBio vem para ajudar nesse sentido e isso vai ser muito importante. O ano de 2020 é de ajustes no programa, mas também é o momento de divulgá-lo para o mundo, já que os ativos também podem ser adquiridos por investidores internacionais, e não apenas pelas distribuidoras. É importante ressaltar a relevância dos incentivos legais para que o setor possa aproveitar as oportunidades que o programa oferece, de aumentar a participação do etanol no mercado de combustíveis e estimular a utilização da energia renovável. É um programa que ainda está em amadurecimento, mas o objetivo chegar no melhor modelo possível. O RenovaBio tem como objetivo o crescimento da produção alcooleira, o que deve levar a preços mais baixos nas bombas, incentivando o consumidor final a abastecer mais o automóvel com o biocombustível. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.