01/Jul/2020

A União Nacional do Etanol de Milho (Unem) afirmou que o setor está muito preocupado com a proposta de redução de metas de emissão de créditos de descarbonização (CBios) do Ministério das Minas e Energia (MME), que abriu consulta pública sobre o assunto. O setor de etanol de milho vem recebendo muitos investimentos, tanto de fundos internacionais quanto nacionais. Uma mudança brusca no RenovaBio pode afugentar ou represar esses investimentos.

As metas anuais de emissão de CBios foram revistas por causa da pandemia do novo coronavírus. Diante disso, o MME abriu uma consulta pública sobre a nova proposta, que ficará aberta até o dia 4 de julho. A proposta é cortar pela metade a meta anterior, de 28,7 milhões de CBios em 2020. Foram revisadas também as metas para os próximos nove anos. Há cerca de R$ 10 milhões em investimentos previstos para o setor nos próximos seis a sete anos, para que se chegue à produção de 8 bilhões de litros de etanol de milho até 2028.

A insegurança jurídica derruba a credibilidade do setor ligado ao RenovaBio e ao programa, ainda mais quando se trata de mexer nas metas de emissão de CBios de 2021. Entretanto, a revisão das metas em 2020 foi necessária por causa da pandemia de coronavírus. Mas, uma revisão brusca acima de 40% para 2021 realmente traz uma insegurança muito grande em relação à manutenção da atratividade para os investidores, ainda mais tendo em vista que o País crescerá a produção de etanol de milho de 90% a 100% todo ano.

Mesmo sob a pandemia, o setor está produzindo 93% a mais no acumulado da safra 2020. E as projeções de crescimento são grandes. O ano-safra deve se encerrar com 2,5 bilhões de litros de etanol de milho produzidos. Além disso, há mais três usinas de etanol de milho para serem inauguradas este ano, e inúmeros projetos licenciados para a retomada dos investimentos a partir da superação da pandemia. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.