03/Jun/2020

Segundo o relatório trimestral da Organização Internacional do Açúcar (OIA) divulgado nesta terça-feira (02/06), o quadro de grande déficit global com um pequeno déficit comercial indica uma redução nos estoques globais de açúcar no ciclo atual de 2019/2020. A nova estimativa considera uma redução de 8,965 milhões de toneladas dos estoques, muito próxima ao recorde registrado em 2008/2009. Como resultado, a relação entre estoque e consumo final deverá ser diminuído de 53,61% visto no ciclo passado para 47,85%. Se realizado, esse seria o menor índice desde 2011/2012.

Desde o relatório trimestral anterior, os valores do mercado mundial caíram 31%. Os preços cederam das máximas de vários anos em janeiro para menos de 10,00 centavos de dólar por libra-peso em abril, com o indicador de preços diário ISA ficando com uma média de 10,21 centavos de dólar por libra-peso e o índice de açúcar refinado ISO, em US$ 326,80 por tonelada. Esse movimento é contrário às perspectivas fundamentais para a temporada 2019/2020, mas encontra ressonância óbvia com as perspectivas macroeconômicas e os mercados de energia. A chave para a melhoria da perspectiva de produção no Brasil é uma moeda mais fraca.

Os produtores que não são do setor de açúcar também convidaram os especuladores a mudar sua posição de comprado no mercado para uma posição vendida, com um balanço de mais de 143 mil lotes. Enquanto isso, o lado da demanda dos fundamentos do mercado tem alguns tons de alta, com o Nominal White Premium permanecendo na máxima de vários anos e em novos programas de compras, com alguns especificamente para acumulação de ações, promulgados pelos governos. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.