29/Mai/2020

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) projeta produção de açúcar na Índia em 38,1 milhões de toneladas na safra 2020/2021, volume superior aos 37 milhões de toneladas produzidos na temporada 2019/2020. O aumento na produção deve ocorrer em função das condições climáticas favoráveis e de uma perspectiva de ampliação na área semeada com cana-de-açúcar em mais 187 mil hectares. A expectativa é de que o plantio de cana-de-açúcar se recupere nas principais regiões dos Estados indianos de Maharashtra e Karnataka, levando em consideração os níveis acima da média dos reservatórios de água. No ano passado, as regiões sofreram com uma combinação de chuvas irregulares, resultando em uma seca persistente.

Ainda nessas regiões, é esperado um incremento nas áreas de plantio, uma vez que os preços para a comercialização de cana-de-açúcar estão remunerando melhor do que outras culturas concorrentes. Isso deve incentivar os agricultores a plantarem mais cana-de-açúcar na safra 2020/2021. Na ponta do consumo, a projeção é de que 28,5 milhões de toneladas de açúcar indiano sejam comercializados no mercado interno no ano safra 2020/2021. A estimativa anterior era 5,5% menor, de 27 milhões de toneladas, após ter sido revisada para baixo por causa dos efeitos da pandemia do novo coronavírus. Na Índia, as vendas domésticas de açúcar na temporada 2019/2020 caíram mais de 1,5 milhão de toneladas, especialmente com a paralisação de empresas fabricantes de sorvete, bebidas e alimentos processados, além do fechamento de estabelecimentos do segmento de food service.

As exportações, entretanto, devem chegar a 5 milhões de toneladas de açúcar em 2020/2021, assumindo condições normais de mercado. O volume é o mesmo do que o projetado para a safra atual, 2019/2020. Fontes comerciais informaram que em 3 de março a Índia havia exportado 3 milhões de toneladas da commodity para o Irã, Somália, Malásia e Sri Lanka. A Indonésia deve ser outro importante destino de exportação, uma vez que enfrenta um gargalo no fornecimento da Tailândia, em virtude de uma quebra na safra. Por enquanto, os embarques indianos seguem se aproximando do ritmo de normalidade após os efeitos da pandemia. As exportações foram afetadas devido à pandemia nos meses de março e abril, com os principais portos indianos declarando força maior e passando a operar com capacidade limitada. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.