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27/Mai/2020

Açúcar: sinais macroeconômicos elevam futuros

Os futuros de açúcar demerara fecharam em alta nesta terça-feira na Bolsa de Nova York, após oscilarem entre os campos positivo e negativo. O vencimento julho avançou 12 pontos (1,10%) e fechou a 11,05 centavos de dólar por libra-peso. O mercado acompanhou os sinais macroeconômicos favoráveis, com avanço do petróleo e desvalorização do dólar ante o Real. O desempenho positivo do combustível nas bolsas internacionais reflete na competitividade do etanol brasileiro, podendo resultar em um mix mais alcooleiro no Brasil. A desvalorização da moeda norte-americana, por sua vez, torna as exportações menos atraentes para as usinas brasileiras, podendo refletir na oferta global do açúcar.

Em parte do pregão, entretanto, as cotações chegaram a ser pressionadas pelos dados baixistas da produção brasileira, divulgados pela União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica). O levantamento confirma as expectativas do mercado de que os produtores do País vão maximizar a produção de açúcar em detrimento do etanol, tendo em vista a crise no setor de combustíveis. O incremento na produção de açúcar reflete a tendência de uma safra açucareira em virtude da pior remuneração do biocombustível em relação ao açúcar e do avanço da colheita em função das condições climáticas favoráveis.

A moagem de cana-de-açúcar da safra 2020/2021 na Região Centro-Sul somou 42,46 milhões de toneladas na primeira quinzena de maio. Do total, 47,23% foi destinado para produção do adoçante e 52,77% da cana-de -açúcar moída foi utilizada para produção do biocombustível. Nesse sentido, a produção de açúcar atingiu 2,5 milhões de toneladas nos primeiros quinze dias do mês, um aumento de 55,80% em relação à temporada passada. A fabricação do biocombustível no período foi de 1,823 bilhão de litros.