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13/Mai/2020

Cana: moagem da nova safra tem forte alta em abril

De acordo com dados do 2º levantamento da safra 2020/2021 divulgados nesta terça-feira (12/05) pela União das Indústrias de Cana-de-Açúcar (Unica), as usinas do Centro-Sul do Brasil processaram 60,38 milhões de toneladas de cana-de-açúcar em abril, o primeiro mês da safra 2020/2021. O volume é 32,33% maior do que o total de 45,628 milhões de toneladas moídos em igual período do ano passado. Com 43,78% da oferta total de cana-de-açúcar destinada ao açúcar e 56,22% ao etanol, a produção do açúcar atingiu 2,983 milhões de toneladas no acumulado do mês de abril, alta expressiva de 115,83% sobre igual período de 2019, quando a produção foi de 1,382 milhão de toneladas. A fabricação de etanol somou 2,556 bilhões de litros ao longo do mês, o que corresponde a uma alta de 14,17% ante igual período da safra passada, de 2,239 bilhões de litros.

Desse total, 1,941 bilhão de litros foram de hidratado, alta de 5,15% ante 2019/20, e 616 milhões de litros de etanol anidro, volume 56,47% superior ao fabricado no mesmo período do ano anterior. Até o dia 30 de abril, 213 empresas estavam em operação, das quais 35 iniciaram a safra na segunda quinzena do mês. Na mesma data do ciclo passado, 220 unidades industriais estavam em plena atividade. A expectativa é de que mais 25 unidades iniciem a safra na primeira metade de maio e 7 usinas comecem as atividades na última quinzena do mês. Muitas usinas ampliaram o mix para açúcar neste ano, além de 8 unidades produtoras que fabricavam apenas etanol terem passado a produzir açúcar. Na segunda quinzena de abril, 37,958 milhões de toneladas de cana-de-açúcar foram processadas pelas usinas. Do total, 45,76% foi destinado para produção de açúcar e 54,24% da cana-de-açúcar moída foi utilizada para produção do biocombustível. Em igual período da temporada passada, o mix sucroalcooleiro apontava para 69,13% da cana processada para fabricação de etanol.

Nesse sentido, nos últimos 15 dias de abril, a produção de açúcar quase dobrou, atingindo 2,016 milhões de toneladas, um aumento de 93,46% em relação à temporada passada. A fabricação do biocombustível no período foi de 1,575 bilhão de litros, dos quais 95,58 milhões de litros foram produzidos a partir de milho. Essa mudança no mix de produção decorre da perda de atratividade do etanol e reflete a expectativa de uma safra 2020/2021 mais açucareira. Os efeitos da pandemia do novo coronavírus e a queda nos preços do petróleo por causa de disputas entre Rússia e Arábia Saudita levaram a uma retração abrupta na demanda e nas cotações do biocombustível, tornando a produção do adoçante mais remuneradora para as usinas. Ressalta-se também que o incremento na produção acumulada do açúcar na safra decorre em 50% da alteração do mix e 50% do aumento na quantidade de matéria-prima processada. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.