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07/Mai/2020

Açúcar: dólar forte favorece exportação brasileira

A forte desvalorização do Real ante o dólar norte-americano pode manter as exportações de açúcar da safra 2020/2021 em níveis atraentes para as usinas brasileiras. Há relatos de que os embarques do açúcar bruto do Brasil podem seguir acelerados neste mês, especialmente por causa dos altos prêmios para o açúcar refinado e dos preços mais baixos para o bruto no Porto de Santos (SP). A incerteza do mercado quanto à oferta de açúcar no curto prazo, tendo em vista os efeitos da pandemia de coronavírus em grandes países exportadores, levou a uma queda menos acentuada nos preços do açúcar branco em relação ao refinado.

A redução na área semeada com beterraba açucareira na Europa também contribuiu para esse cenário, já que a commodity é a principal matéria-prima para produção do açúcar na região. Na esteira de preços menos voláteis do açúcar branco, o prêmio do refinado seguiu atrativo, estimulando o processamento do açúcar bruto. Os principais destinos seriam países asiáticos, além de nações que possuem polos de refino, como Arábia Saudita e Argélia.

Neste cenário, analistas apontam que a fixação de contratos para entrega a partir de 2021, por exemplo, superam os R$ 1.350,00 por tonelada, sustentados pela variação do câmbio. Por isso, qualquer alteração na moeda brasileira pode restringir a janela de oportunidade do mercado. Na perspectiva internacional, há uma expectativa de que os bloqueios na Índia em decorrência do coronavírus sejam suspensos a partir da segunda semana de maio. A velocidade de retomada, entretanto, ainda é incerta e pode afetar, portanto, as exportações de açúcar indiano para o mercado externo. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.