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30/Abr/2020

Açúcar: futuros em alta com o avanço do petróleo

Os futuros de açúcar demerara fecharam em forte alta nesta quarta-feira (29/04) na Bolsa de Nova York. O mercado foi impulsionado pelo fortalecimento do petróleo, que melhora a competitividade relativa do etanol e pode estimular um mix mais alcooleiro no Brasil. A depreciação do dólar ante o Real, que tende a desestimular as vendas externas brasileiras, também deu suporte às cotações. O vencimento julho avançou 40 pontos (4,20%) e fechou a 9,92 centavos de dólar por libra-peso.

Além disso, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que a produção e as exportações de açúcar da Índia devem ser prejudicadas por restrições decorrentes da pandemia de Covid-19. A falta de mão de obra e problemas logísticos estão atrapalhando a produção da commodity. Esses fatores se somam às declarações de força maior por sete portos do país. A União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica) informou que as usinas do Centro-Sul do Brasil processaram 22,378 milhões de toneladas de cana-de-açúcar até 16 de abril, a primeira quinzena da safra 2020/2021.

O volume é 61% maior do que o total de 13,9 milhões de toneladas moídos em igual período do ano passado. O volume é o segundo maior para a quinzena. Com 39,69% da oferta total de cana-de-açúcar destinada ao açúcar e 60,31% ao etanol, a produção do açúcar atingiu 948 mil toneladas na primeira metade de abril, alta expressiva de 178,89% sobre igual período de 2019. A fabricação do biocombustível somou 982 milhões de litros, alta de 32,70% na mesma comparação. O forte aumento da produção de açúcar, no entanto, não mexeu com os preços da commodity na Bolsa de Nova York.