28/Abr/2020

A Cosan afirmou que, dentre as medidas de auxílio pedidas pelo setor sucroenergético para minimizar os efeitos da crise do novo coronavírus, a warrantagem é a mais importante no momento. Mesmo com o movimento de maximização da produção de açúcar em detrimento do etanol, o momento será de perdas significativas para os produtores caso não haja uma boa capacidade de armazenamento do biocombustível. Deslocar 6 bilhões de litros de etanol estocados para vender no futuro, equilibraria esse início de safra. A desaceleração da demanda por combustíveis coincidiu com o início da safra de cana-de-açúcar no Brasil, o que contribuiu para uma queda nos preços de etanol.

Nesse sentido, para aliviar as usinas, uma linha de financiamento que garanta a armazenagem do biocombustível produzido é a melhor solução para o setor no curto prazo. Dada a necessidade de caixa das empresas do setor, a medida permite que esse volume adicional que está no mercado seja comercializado no futuro. Assim, o mercado permite que ocorra novamente um equilíbrio entre os suprimentos e a demanda. Em relação ao mix sucroalcooleiro, a aposta é em uma maior produção de açúcar neste ano, mas, embora o açúcar esteja remunerando melhor do que o etanol, há um limite para a migração. Todo o resto que sobra desse limite vai virar necessariamente etanol, não tem uma outra opção. Então, o que for produzido, vai ser vendido ao preço vigente, a não ser que possa ser estocado.

Além disso, o atraso na implementação do Renovabio, programa do governo de incentivo à produção de biocombustíveis, gerou a necessidade de o setor buscar outros mecanismos temporários para tentar equilibrar os preços do mercado. O programa seria o grande regulador do mercado, com uma compensação nos preços baseado nas metas que foram estabelecidas, mas isso não está acontecendo. Com a ausência do programa, uma das alternativas para o equilíbrio, é o aumento da Contribuição de Intervenção do Domínio Econômico (Cide), incidente sobre a gasolina. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.