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17/Abr/2020

Cana: setor reivindica medidas de apoio urgentes

Entidades representativas da cadeia sucroenergética de todo o País enviaram ao governo documento no qual sugerem medidas emergenciais que, se adotadas em conjunto, permitirão a sobrevivência do setor. A instituição de um programa de warrantagem (uso de produto como garantia em empréstimo), a isenção temporária da carga tributária federal aplicada ao etanol hidratado (PIS/Cofins) e a restituição da competitividade do etanol, também temporariamente, via incremento da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) são as reivindicações do setor. O documento-manifesto, enviado na terça-feira (14/04) ao presidente Jair Bolsonaro, relata os impactos da crise da Covid-19 para o setor, agravados pelos baixos preços internacionais do petróleo. Somente as ações do governo federal, se implementadas imediatamente, evitarão o colapso do setor nas próximas semanas.

Conforme a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), o etanol, um dos produtos mais tiveram impacto da crise, tem sido vendido abaixo de seu valor de custo e, se isso continuar, as usinas serão obrigadas a interromper a safra que mal começou, com efeitos impensáveis para uma cadeia que envolve produtores de cana-de-açúcar, fornecedores de máquinas e insumos, cooperativas e colaboradores em mais de 1.200 cidades brasileiras. São 370 usinas e destilarias, 70 mil fornecedores de cana-de-açúcar, num total de 2,3 milhões de empregos diretos e indiretos que estão sob ameaça iminente. A previsão é de uma safra de mais de 600 milhões de toneladas que, se não puder ser colhida, trará a destruição do setor, pondo milhões de famílias em todo o Brasil em situação de desespero. O setor já viveu isso quando governos anteriores quase aniquilaram essa cadeia. A diferença agora é que o governo federal, com quem o setor tem conversado nas últimas semanas, conhece o problema e demonstra sensibilidade para buscar as soluções.

O apelo é para que as medidas sejam implementadas urgentemente, sob pena de não dar mais tempo. Assinam a carta a Unica, o Fórum Nacional Sucroenergético (FNS), a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), a Organização de Associações de Produtores de Cana do Brasil (Orplana), o Arranjo Produtivo Local do Álcool (Apla), a Federação dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas e Farmacêuticas do Estado São Paulo (Fequimfar), a Federação dos Plantadores de Cana do Brasil (Feplana), a Federação dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação do Estado de São Paulo (Fetiasp) e a União Nordestina dos Produtores de Cana (Unida). Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.