09/Abr/2020

Segundo a Organização Internacional do Açúcar (OIA), os preços do açúcar no mercado global caíram de fevereiro para março como resultado da pandemia de coronavírus. O relatório continua focado em desenvolvimentos fundamentais no mercado de açúcar, mas, no último mês, o impacto da pandemia de coronavírus mudou profundamente muitos mercados financeiros e de commodities. O surto começou em dezembro, mas a disseminação pela Europa e nos Estados Unidos afetou o suprimento de alimentos, as cadeias de demanda, os movimentos diários das pessoas e a economia em geral drasticamente no mês passado.

Os preços do açúcar bruto à vista (medidos pelo preço diário ISA) atingiram a média de 11,83 centavos de dólar por libra-peso em março, ante 14,78 centavos de dólar por libra-peso em fevereiro. Durante o mês, os preços futuros de maio continuaram a registrar o movimento de queda que começou no fim de fevereiro. Estavam com um valor inicial de 13,81 centavos de dólar por libra-peso e passaram para 10,59 centavos de dólar por libra-peso em 19 de março. Grande parte da direção dos preços foi impulsionada por fatores macroeconômicos, a paridade do preço do petróleo por meio do etanol, enfraquecendo as moedas em relação ao dólar e um acentuado declínio no mercado de dólar no curto prazo. O Índice de preços do Açúcar Refinado ISO acompanhou o do açúcar bruto durante a primeira quinzena de março, mas posteriormente encontrou forças subjacentes para recuperar parte das perdas.

Uma delas foi o aumento da produção no Brasil, sendo predominantemente de açúcar bruto, e a elevação da demanda do consumidor para açúcar branco em um ambiente de preços mais baixos. O ISO caiu US$ 57,20 por tonelada de fevereiro para março, encerrando o mês com uma média de US$ 352,02 por tonelada. A commodity começou março sendo comercializada a US$ 388,95 por tonelada e caiu forte antes de mostrar recuperação durante o último terço do mês e permanecer em torno de US$ 345,00 por tonelada durante os últimos dois dias de março. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.