01/Abr/2020

O setor de etanol deve ser o grande perdedor no segmento agropecuário no Brasil este ano, sobretudo após a crise do coronavírus. Segundo a Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), as perdas começaram já na guerra de preços do petróleo entre Rússia e Arábia Saudita, no início de março, quando as cotações internacionais da commodity despencaram.

Naquele momento, o governo brasileiro devia ter lançado mão da Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico) para proteger o setor de etanol. O governo não fazer um balizamento de preços para equiparar o custo de produção do etanol ao preço de venda é incompreensível. A guerra de preços do petróleo já estava prejudicando o setor de etanol, que vinha se recuperando após anos bastante difíceis.

Agora, a pandemia do coronavírus veio a afetar mais ainda a indústria sucroenergética brasileira. Com a quarentena imposta por vários Estados como forma de prevenção ao coronavírus, caiu drasticamente o consumo de etanol. As usinas de açúcar e etanol são fornecedoras de energia elétrica ao sistema, por meio da co-geração. O setor de açúcar e etanol também é de energia, cujo consumo também está caindo. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.