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17/Mar/2020

Etanol: petróleo e moagem pressionam cotações

Em São Paulo, o início da moagem de cana-de-açúcar em um pequeno número de usinas e o forte recuo do preço do petróleo pressionam as cotações dos etanóis hidratado e anidro no mercado paulista e também em outros Estados da Região Centro-Sul, exceto em Mato Grosso. Na semana passada, na New York Mercantile Exchange (Nymex), o primeiro vencimento do contrato de crude oil teve média de US$ 32,34/barril, forte queda de 29% frente à do período anterior. No caso do petróleo tipo Brent negociado na ICE Futures Europe (primeiro vencimento do contrato), a média foi de US$ 34,89 por barril, expressivo recuo de 30,3% na mesma comparação.

Esse forte movimento de baixa se deve à guerra de preços entre a Arábia Saudita e a Rússia. Na última semana, inclusive, o petróleo registrou a maior desvalorização desde a Guerra do Golfo Pérsico, em 1991. Além disso, a participação de compradores no mercado interno de etanol está baixa, o que tem reduzido a liquidez. Esses demandantes estão à espera de uma maior entrada do biocombustível nas próximas semanas. Diante disso, nos últimos sete dias, o volume negociado de etanol hidratado captado é baixo, com queda de 6,54%. O Indicador CEPEA/ESALQ do etanol hidratado está cotado a R$ 1,9437 por litro (sem ICMS e sem PIS/Cofins), forte recuo de 7,79% em relação nos últimos sete dias.

No caso do etanol anidro, o Indicador CEPEA/ESALQ está cotado a R$ 2,1558 por litro (sem PIS/Cofins), queda de 5,11% no mesmo comparativo. Nas bombas do estado de São Paulo, a relação entre os preços do etanol e da gasolina C é de 70,2%. As médias ficaram em R$ 4,361 por litro para a gasolina C e de R$ 3,062 por litro para o etanol. Segundo números da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), as saídas das usinas de etanol anidro e hidratado do Centro-Sul somaram 2,28 bilhões de litros em fevereiro, contra 2,48 bilhões de litros em janeiro, queda de 8,3% no período. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.