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17/Mar/2020

RenovaBio: distribuidoras pedem o fim dos CBios

A Federação Nacional das Distribuidoras de Combustíveis, Gás Natural e Biocombustíveis (Brasilcom) enviou ao ministro Bento Albuquerque, das Minas e Energia, ofício pedindo a suspensão das negociações dos Créditos de Descarbonização (CBios). Os títulos, emitidos por produtores de etanol e biodiesel, são o principal pilar da política nacional de biocombustíveis, o RenovaBio, e deverão ser negociados a partir de abril. As distribuidoras de combustível devem adquirir os créditos para cumprir metas de redução do uso de gases do efeito estufa.

A entidade, que representa 40 empresas, argumenta que o valor dos CBIOs é desconhecido e que nenhum agente público ou privado informou parâmetros para precificar o título, sujeito às especulações financeiras. A Brasilcom pede que os negócios ocorram apenas quando houver uma disponibilidade mínima dos CBIOs para que não haja distorções da oferta e da procura que venham a majorar sobremaneira o ativo. Outro pedido é que os CBIOs só sejam lançados no mercado se o emissor primário, ou seja, o produtor, estiver em dia com as obrigações fiscais.

Enquanto distribuidoras reclamam, representantes do setor de etanol trabalham para que Antonio Padua Rodrigues, diretor da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) desde os anos 90, seja indicado ao comando da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). O atual presidente, Décio Oddone, renunciou há dois meses, mas segue até 27 de março no comando do órgão que é responsável, entre outras atribuições, por fiscalizar o RenovaBio. Na Unica, o presidente Evandro Gussi afirma desconhecer o lobby para a indicação de Padua à ANP. Mas vê o diretor como um grande nome para o cargo de Oddone, embora a Unica perdesse com a eventual saída. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.