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16/Mar/2020

Queda do petróleo afeta preços do açúcar e etanol

As fortes quedas verificadas nos preços globais do petróleo nos últimos dias vão afetar negativamente as margens e fluxos de caixa dos produtores de açúcar e etanol do Brasil. Com o valor mais baixo do petróleo, a competitividade do concorrente etanol deve diminuir, fazendo com que a tendência seja de que o setor sucroalcooleiro altere o mix de produção em favor do adoçante. Isso pode criar um excesso de oferta, reduzindo os preços internacionais do açúcar. Como maior exportador de açúcar do mundo, o Brasil tem a capacidade de elevar a oferta global de açúcar muito rapidamente, o que pode deprimir os preços internacionais.

Há correlação direta dos reajustes realizados pela Petrobras no valor dos combustíveis nas refinarias com o etanol. A Petrobras cortou em 9,5% o preço da gasolina e em 6,5% o do diesel. Uma retroalimentação para a queda dos preços do etanol é inevitável, com o impacto final dependendo de quão rápido e em qual magnitude a Petrobras ajuste os preços domésticos de combustíveis. As cotações do petróleo vêm em queda livre neste ano, com a commodity recuando praticamente pela metade diante dos impactos de demanda causados pela pandemia de coronavírus e de uma guerra de preços entre Arábia Saudita e Rússia.

O valor do açúcar nos mercados internacionais tende a acompanhar os preços da energia. O contrato maio/2020 do açúcar bruto atingiu uma mínima de cinco meses, a 11,53 centavos de dólar por libra-peso. As empresas com alta flexibilidade produtiva e estratégicas eficientes de hedge, como Raízen e Biosev estão mais bem posicionadas para enfrentar o cenário. 70% das exportações projetadas para a safra 2020/2021 já estão com preços fixados, elevação de 12 pontos percentuais em relação a igual período da safra anterior. Fonte: Reuters. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.