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28/Jan/2020

Açúcar: Brasil deverá manter ação contra a Índia

A possível mudança na política indiana de incentivo à produção e exportação de açúcar para um mix mais favorável ao etanol não vai acontecer imediatamente, segundo o secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, embaixador Orlando Ribeiro. Segundo o diplomata, as conversas entre os dois países, até o momento, foram baseadas em troca de experiências. Em compensação, o governo indiano, de acordo com o secretário, se mostrou aberto e receptivo em0020conhecer o “caso de sucesso do etanol brasileiro”. Alguns ministros, inclusive, perguntaram à ministra Tereza Cristina sobre como podem conhecer melhor as usinas brasileiras, disse Ribeiro, em relação ao interesse do governo indiano na experiência brasileira com o biocombustível.

Os argumentos apresentados pela comitiva brasileira também levaram em conta o grau de sustentabilidade do biocombustível e a melhora na rentabilidade dos produtores de cana-de-açúcar. O eventual comprometimento da Índia em incentivar um mix mais alcooleiro - maior quantidade de cana-de-açúcar destinada à produção de etanol do que à fabricação de açúcar - era aguardado com expectativa pelo setor sucroenergético brasileiro. Maior produtora mundial de açúcar, a Índia adota uma política governamental de subsídio à exportação do produto e não tem política de incentivo à indústria de biocombustíveis, importando volumes expressivos de petróleo. A política indiana é questionada por Brasil, Austrália e Guatemala, em contencioso na Organização Mundial do Comércio (OMC).

Os países alegam que a estratégia deprime os preços internacionais da commodity, gerando prejuízos aos agricultores locais. Sobre a possível saída do Brasil do painel contra a Índia na OMC, Ribeiro afirma se tratar apenas de uma revisão de posição. A eventual retirada do País no contencioso foi sinalizada pelo presidente Jair Bolsonaro, em resposta ao pedido do primeiro-ministro indiano, Narendra Modi. O presidente não se comprometeu com a retirada. Ele disse apenas que iria conversar, o que é normal em um diálogo civilizado entre dois líderes, segundo o secretário. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.