19/Dez/2019

Segundo o Rabobank, em relatório trimestral sobre o setor, o déficit global de açúcar na temporada 2019/2020 (outubro-setembro) deve totalizar 8,2 milhões de toneladas. A nova estimativa é 3 milhões de toneladas maior do que a projeção anterior, e, se confirmada, vai representar o maior déficit desde o ciclo 2015/2016. Isso reflete cortes nas estimativas de produção para Índia, Tailândia e União Europeia.

O mercado deve ficar atento nos próximos meses à colheita de cana-de-açúcar na Ásia, principalmente na Índia e na Tailândia. O resultado da produção nesses países pode afetar consideravelmente o cenário global. O mix açúcar/etanol no Centro-Sul do Brasil na safra 2020/2021 (abril-março) é uma peça importante do quebra-cabeça global. Se o mercado mundial precisar de mais açúcar do Brasil em 2020 e os preços globais de petróleo se mantiverem firmes, os preços do demerara na Bolsa de Nova York terão de chegar a 14,00 centavos de dólar por libra-peso para levar a um mix mais açucareiro.

Os preços na Bolsa de Nova York superaram os 13,00 centavos de dólar por libra-peso no começo de dezembro, com a expectativa de queda da produção global em 2019/2020 e de estoques mais apertados. Isso tem levado fundos a cobrir posições vendidas. No entanto, os estoques mundiais ainda amplos no curto prazo e a fraca demanda externa continuam pesando sobre as cotações. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.