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29/Nov/2019

Cana: produção deve ficar estável em 2020/2021

Segundo relatório do Rabobank, a moagem de cana-de-açúcar no Centro-Sul do Brasil na próxima safra deve ficar entre 580 milhões e 590 milhões de toneladas, nos patamares da expectativa para a safra atual. Há algumas regiões com menor área para cana-de-açúcar, mas as mudanças de práticas de plantio compensam. O cenário é positivo para o etanol no próximo ano. O petróleo brent deve ficam em US$ 70,00 por barril, o que, com dólar valorizado ante o Real, aumenta o preço da gasolina.

Além disso, a expectativa é de que não seja necessário um aumento muito alto na relação de preço etanol/gasolina na bomba para que o consumo do biocombustível fique em níveis saudáveis. Salienta-se também a entrada em vigor do RenovaBio. Ainda há incertezas com o programa, mas a expectativa é de que vá trazer receita adicional para usinas e produtores de cana-de-açúcar. Com isso, a perspectiva é que, novamente, a safra seja mais alcooleira. No entanto, essa projeção pode mudar se as expectativas para petróleo e dólar não se concretizarem.

Para o açúcar, o momento é considerado de transição. A expectativa é de que a oferta global passe de excedente na safra atual para déficit de 7 milhões de toneladas no ano que vem. Ainda há estoques altos, especialmente na Ásia, e será preciso gastar esses estoques para chegar na previsão em setembro. A queda no estoque global deve ser causada principalmente pelas exportações da Índia. O açúcar a 13,00 centavos de dólar a libra-peso na Bolsa de Nova York já é suficiente para os produtores indianos exportarem. Esses produtores têm necessidade e subsídio para exportar.

O setor vive duas situações diferentes no Brasil: quem tem dinheiro continua melhorando, quem não tem, precisa lutar para evitar piorar. As companhias com finanças mais saneadas investem principalmente em inovação e estão focando principalmente em agtechs para aumentar produtividade e baixar custos, ou em diversificação, como aumento de flexibilidade do mix, projetos de biogás, e, no caso de empresas da Região Centro-Oeste, o etanol de milho. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.