28/Nov/2019
Segundo a Organização Internacional do Açúcar (OIA), o mercado mundial de açúcar deve registrar déficit de 6,115 milhões de toneladas na safra 2019/2020, que vai de outubro deste ano até setembro do ano que vem. Com a atualização, houve revisão para cima na previsão anterior de déficit de 4,763 milhões de toneladas. O déficit pode ser ainda maior se as colheitas nos principais produtores asiáticos, incluindo China, Índia e Tailândia, ficarem abaixo das expectativas iniciais. O maior déficit global pode ser atribuído principalmente ao recuo na produção projetada anteriormente para a Tailândia e os Estados Unidos, que pode ser parcialmente compensado por uma safra recorde na Rússia. A produção global na temporada 2019/2020 deve ficar em 170,40 milhões de toneladas, ante previsão anterior de 171,98 milhões de toneladas.
A projeção representa queda de 3,12%, ou 5,484 milhões de toneladas, em relação à produção estimada para 2018/2019, de 175,89 milhões de toneladas. A projeção de queda para as produções da Índia e da Tailândia parece ser determinante para a oferta 2019/2020 (queda de 5,160 milhões de toneladas e 2,291 milhões de toneladas, respectivamente, em relação a 2018/2019). A colheita está em fase inicial nesses países, podendo apresentar várias surpresas durante a temporada. Ao mesmo tempo, o consumo deve aumentar 1,32%, ou 2,302 milhões de toneladas, para 176,519 milhões de toneladas. Apesar da menor produção, a quantidade de açúcar disponível nos mercados internacionais deve crescer por causa da liberação considerável de cerca de 4 milhões de toneladas de estoques dos principais players.
A oferta disponível para exportação é estimada em 58,50 milhões de toneladas, 988 mil toneladas a mais que no ciclo 2018/2019, enquanto a demanda por importação é avaliada em 58,59 milhões de toneladas. Um déficit nominal maior nos países importadores provavelmente resultará em aumento da demanda de importação. A relação entre consumo e estoque está no menor nível desde a safra 2016/2017, passando de 55% na safra 2018/2019 para 50,5% na safra 2019/2020. Mas, ainda assim, aparentemente não é baixo o suficiente para provocar uma alta nos valores do mercado mundial acima de 15,00 centavos de dólar por libra-peso. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.